O Bispo Emérito da Igreja Anglicana, Dom Dinis Sengulane, e o Padre Filipe Couto, observadores no diálogo político entre o Governo e a Renamo, encontraram-se hoje em Quelimane com o líder daquele partido da oposição, Afonso Dhlakama.
À saída do encontro, Sengulane disse a jornalistas que a equipa de observadores sai satisfeita porque “sempre que há um diálogo há motivos muito justos e muito fortes para haver esperança”.
O prelado revelou que a equipa dos observadores continua a ter esperança na resolução pacífica de diferendos político porque, no seu entender, o povo moçambicano “é pacífico” e os seus líderes tomaram um compromisso para com a paz e a harmonia.
Dom Dinis Sengulane revelou na ocasião que a equipa de observadores reuniu-se na quarta-feira com o antigo Presidente da República, Armando Guebuza e com o seu sucessor, Filipe Nyussi, para conhecer o seu sentimento em relação ao futuro imediato do país.
Por seu turno, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, mostrou-se igualmente satisfeito, tendo assegurado que o diálogo com o Governo vai continuar.
Segundo Dhlakama, os observadores tomaram nota das suas preocupações, bem como também trouxeram as ideias do Presidente da República, Filipe Nyussi.
O líder do maior partido da oposição considerou que o encontro “foi bom porque os observadores entenderam as razões da Renamo e esclareceram-se sobre a possibilidade de haver ou não guerra em Moçambique”.
“Assegurei-lhe que a guerra em Moçambique jamais será iniciada pela Renamo”, afirmou Afonso Dhlakama.
Entretanto, ainda hoje, o chefe da delegação do Governo no diálogo com a Renamo, José Pacheco, disse em Maputo que da parte do executivo “não existe nada” com o líder da Renamo.
Pacheco referiu que o que existe é a disponibilidade do Governo para mais uma sessão de diálogo na próxima semana, com a Renamo, no Centro de Conferências Joaquim Chissano.