DEPUTADOS DA RENAMO VÃO TOMAR POSSE

Deputados da Renamo vão tomar posseAfonso Dhlakama, líder do partido Renamo
A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, decidiu este sábado pelo levantamento do seu boicote ao recém eleito parlamento, numa decisão anunciado pelo seu presidente, Afonso Dhlakama, após um encontro em Maputo com o Presidente Filipe Nyusi.
Não foram divulgados os pormenores do encontro, mas Dhlakama declarou no final do mesmo que “o país não terá problemas”.
"O país não terá problemas, porque da maneira como nos conhecemos, como conversámos - muitas horas os dois -, tudo correu bem", disse Dhlakama no final do encontro realizado num hotel da capital moçambicana.
"Posso dizer que do meu lado - e quero acreditar que também o irmão Presidente está a pensar da mesma maneira -, estou muito satisfeito, porque os pontos que pude colocar ele entendeu e vai analisar para que possamos conseguir a solução", acrescentou.
A Renamo rejeitou os resultados das eleições do final do ano passado argumentando ter havido fraude. O partido obteve um total de 1,8 milhões de votos através do pais quase o triplo dos votos alcançados em 2009 e venceu em algumas das províncias. Elegeu 89 deputados ao parlamento nacional e outros 294 para as diversas assembleias provinciais
Inicialmente Dhlakama  exigiu a formação de um “governo de gestão” algo que foi rejeitado pela Frelimo ( o partido no poder)  e posteriormente ameaçou formar um governo para as regiões do centro-norte onde obteve os melhores resultados.
Sabe-se por outro lado que vários membros da Renamo  eleitos para o parlamento se reuniram recentemente com Dhlakama  para o pressionarem a aceitar que os deputados da Renamo assumissem os seus postos no parlamento algo que na altura foi rejeitado por Dhlakama.
O prazo legal  para os deputados da Renamo ocuparem os seus lugares no parlamento termina na Quinta-feira.
"Não tomaram posse até hoje pela questão que nos levou aqui a reunir. O que posso dizer é que tomarão posse dentro em breve",  disse Afonso Dhlakama que afirmou ainda que uma nova reunião  erá lugar “dentro de dias”.
Confrontado sobre a continuidade ou interrupção da digressão que tem estado a efectuar pelas províncias das zonas centro e norte, onde promete aos militantes e simpatizantes do seu partido criar uma “região autónoma”, o líder da Renamo disse que interrompeu a digressão porque as questões que tinha na manga foram colocadas e ouvidas no encontro com o Presidente da República. “Saio desta sala muito satisfeito e sei que teremos soluções como moçambicanos e como irmãos, como sempre fizemos desde que democracia foi introduzida em 1992”.
(RM/AIM/VOA)

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