O LÍDER da Renamo, Afonso Dhlakama, não participou quinta-feira última na cerimónia de investidura do novo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, apesar de ter sido formalmente convidado a tomar parte no evento pelas autoridades governamentais moçambicanas.
Na quarta-feira Dhlakama tinha dito à Agência Lusa esperar que Filipe Nyusi possa “resolver pendências” deixadas pelo Chefe do Estado cessante, Armando Guebuza, sobretudo quanto ao Acordo de Cessação das Hostilidades, assinado a 5 de Setembro, e a integração da sua guarda residual na Polícia e nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Nas mesmas declarações, Dhlakama considerou que a posse de Filipe Nyusi como Presidente da República, ontem, “é ilegal”.
“Essa tomada de posse é ilegal”, declarou Afonso Dhlakama, num comício na cidade de Chimoio, anunciando que no dia da investidura de Filipe Nyusi estará em Quelimane, Zambézia, província que está a ser atingida por cheias de grandes proporções.
Dhlakama e a Renamo contestam os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, que deram vitória à Frelimo nas legislativas e ao seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, alegando numerosas irregularidades eleitorais, entretanto rejeitadas pelo Conselho Constitucional.
A Renamo já tinha boicotado as posses nas assembleias provinciais no dia 9 e na Assembleia da República na passada segunda-feira.