As autoridades policiais moçambicanas desmentem declarações da Renamo, maior partido da oposição, segundo as quais há ‘movimentações’ anormais das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em algumas regiões do país.
A Renamo alega que o governo está a montar novas posições militarizadas nas províncias de Inhambane (sul), Sofala, principalmente em Marromeu e Muxúngue, e Manica e Tete, no centro do país.
O Porta-voz da Renamo, Saimone Macuiana, disse, durante a 91ª ronda do diálogo político em curso no país, que as ‘movimentações’ constituem violação do acordo de cessação das hostilidades assinado, ano passado, pelo então Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo líder desta antiga força de guerrilha, Afonso Dhlakama.
Contudo, hoje, o Porta-voz do comando geral da Policia moçambicana (PRM), Pedro Cossa, questionado se tinha conhecimento de tais ‘movimentações’ das FDS, principalmente da polícia, assegurou que “isso não tem nada a ver com a verdade”.
Cossa, que falava no habitual briefing semanal à imprensa, disse tratar - se de um equívoco da Renamo que resulta do facto de a Polícia envidar esforços com vista a aproximar-se cada vez mais das comunidades.
“Quando a Polícia aparece numa rua que nunca antes esteve, há gente que pensa logo em problemas. Mas, neste caso, isso resulta de um esforço nosso de nos aproximar cada vez mais às comunidades”, afirmou Cossa.
Ele explicou que à medida que o capital humano aumenta, a PRM também sente-se obrigada a expandir-se pelo país.
“A nossa aproximação tem também a ver com a capacidade que vai se instalando, ano após ano. Em finais deste ano, por exemplo, a nossa capacidade humana poderá crescer e, consequentemente, haverá mais postos de controlo policial”, afirmou o porta – voz da polícia.
(RM/AIM)